terça-feira, 30 de outubro de 2007

Um drink no limbo...

Sábado à noite, vinte e duas horas, vinte graus e em frente ao número 90 da Rua Treze de Maio, onde fica o Zinc rock bar, chega uma Van com a banda de cover do WhiteSnake, chamada Blacksnake, mais um vocalista e um baterista de uma outra banda chamada Ironia-SP. O baterista esta bêbado. Tanto quanto se pode estar embriagado. Talvez um pouco mais.
Durante a viagem em direção ao local do show ele entra em atrito com membros da outra banda e quase começa ali uma briga. Bêbados são invencíveis, segundo a lenda. O vocalista parece um pouco preocupado. Além do ébrio estado do baterista, o guitarrista e o baixista ainda não chegaram. Eles moram longe. Quase tão longe quanto Santana do Parnaíba, já ouviu falar?
Os pagantes começam a entrar enquanto os músicos afinam os instrumentos.
Os músicos de outras bandas, claro. O baterista sumiu. Deve ter ido a um bar para beber mais um pouco.
Resolvi dar uma volta pelo estabelecimento. Do tamanho de duas salas de aula (medida padrão para professores bitolados), o minúsculo bar é dividido em dois andares: o térreo e o inferior, onde tem uma mesa de sinuca, os famosos sofás, que um dia, antes das manchas de líquidos inomináveis, tiveram uma cor e talvez fossem azuis e os banheiros. Todos sabem que eu conheço o nível de uma casa pelo banheiro que ela acomoda. Essa não tinha luz no banheiro. Me enganaram. Mas mesmo no escuro a coisa era feia. E pintado de preto ainda. Ou seria apenas mofo? Achei melhor subir para uma das mesinhas espalhadas pelo andar térreo e esperar o show começar.
O vocalista, Will, sim o mesmo do artigo “Um drink no inferno...”, ocupa uma mesa próxima a nossa e resolve começar a escrever a playlist. Agora? É. Mas ele desiste no meio, pois terá que fazer uma para cada integrante, e o baterista, com certeza, não conseguirá ler. Afinal nem era um rótulo de cachaça. “Na hora a gente vê. Eles ainda nem chegaram.”.
Quando o relógio marcou onze em ponto, um cara do bar, chegou perto do vocalista e disse: “Vocês tem que entrar agora, mesmo. Eu vou ao banheiro e quando voltar vocês tem que estar em cima do palco.” .
E agora? Foi quando o Will avistou o guitarrista e o baixista entrando, sem camisa junto com o baterista. Com exceção do próprio Will e do baixista, esse, um professor de Geografia, os outros estavam completamente bêbados. Confesso que fiquei preocupado e previ o vexame. Seriam notas erradas, com deslizes e talvez, sendo um pouco apocalíptico até jatos de vômito no palco.
Eles se posicionaram, sem afinar os instrumentos, pediram um guitarrista de outra banda emprestado, um cara chamado Guilherme (toca muito), e começaram o show. A cada música terminada, uma virada do vocalista e o pedido de nova música. E assim foram. Uma a uma.
Eu não sei como eles fazem isso. Devem ser os poderes dos deuses do rock. É a mesma coisa do Ozzy. Ele não consegue nem falar direito, por conta de tanta droga nos idos anos, mas quando ele pega o microfone, se transforma. Incrível.
Aconteceu à mesma coisa a eles. Tocaram muito. Muito mesmo. Não erraram nada. E o Will, pra variar, cantou demais.
Estou ficando famoso no submundo das bandas de rock. Ganhei um outro agradecimento, além do Kurt na semana passada. O Will mandou um agradecimento ao professor “from hell”. Valeu Will.
Show bem sucedido e banda normalmente alcoolizada. De novo, nem andavam em pé direito. Tudo dentro da mais perfeita normalidade.
A outra banda a tocar, também tinha um ex-aluno meu, o Rafa, que arrebentou no teclado. E que banda. BlackSnake. Segundo o Rafa, apenas dois ensaios separaram eles do show. Inacreditável.
Perdi algumas partes do show por conta do baterista bêbado, mas com memória absolutamente incrível, que gritava a cada beijo que eu dava em minha namorada “Aeeeeeeee professor!!”. Ele lembrou que eu estava no ultimo show, que eu estava com ela, e que ainda não estávamos namorando. Álcool acaba com os neurônios? De jeito nenhum. Acho que na verdade conserva-os.
Uma noite excelente com shows excelentes, que acabou com uma carona para um rockstar.
A cada dia eu fico mais feliz por ser professor e ter a oportunidade de conhecer gente assim como o Will, seus amigos e o Rafa.
Pena só, eu não ser professor de música.
Quem sabe um dia agente de bandas de rock, pelo menos?


Nas fotos - Ironia SP e Rafa

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Show do Alcöhol...


Mais um ponto positivo para a minha profissão. A gente conhece talentos. Não digo só na área em que lecionamos, mas talentos de todas as espécies. Já dizia Stephen King que talento é aquilo que te acorda no meio da noite e te implora para usá-lo.
Tem gente que escuta o apelo. Gente como quatro de meus ex-alunos do BG. Kurt, o vocalista mais lindo do mundo na opinião das groupies, Feulo, o único baterista no universo que tem o cavanhaque naturalmente dividido em dois, tocou muito. Emerson, codinome 41 e Whisky, fizeram as guitarras chorar, e algumas pessoas acreditam que eles foram abduzidos por aliens e voltaram a terra, só para tocarem na banda Alcöhol. O baixista, o Gisellen, não foi meu aluno e eu não conhecia até então, mas o cara mandou muito bem. Eles subiram no palco e para se sentirem mais em casa, só faltou pendurarem as roupas em um varal no palco. Senhoras e senhores guardem esse nome. Alcöhol.
Eles tocaram em um festival para bandas independentes no Rock bar Blackmore - http://www.blackmore.com.br/new/index.html.
Lugarzinho interessante, com bom atendimento, decoração simples, mas interessante e palco espaçoso e mais alto que a pista, só que pequeno demais. Menor que o Little Darling. Menor, acredita? E o banheiro era freqüentável. A uma distancia segura era possível até urinar em um dos cubículos.
Valeu muito a pena. Bom lugar, boa banda. O segundo show dos caras e eles realmente mostraram o que foram fazer. Ainda ganhei uma palheta de um dos guitarristas (no futuro pagarão milhares de dólares por ela) e uma declaração do vocalista.. hehehe. Valeu Whisky e Kurt. Parabéns a todos os cinco pelo show.
Valeu cada centavo.
No terceiro, adivinha? Eu irei de novo, claro.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Capitão Nascimento...


Eu assisti a muitos filmes brasileiros ruins. Muitos mesmo. Mas, pra mim, um dos piores foi Carandiru.
Que filme lixo.
O que mais me irritou nesse filme foi a visão humanizada que quiseram passar, dos bandidos. Bandido não era bandido. Fiquei puto, quando um dos marginais morreu na grade, de braços abertos, parecendo Jesus Cristo crucificado. Só um diretor que não conhece nada a respeito do assunto, que nunca pisou em um presídio para fazer uma merda desse porte. Hector Babenco, faz filme sobre o que não conhece.
É bem a cara do Brasil mesmo. Bandido vira herói.
Isso quando não vira braço direito de Presidente da República. É a cara do País marginalizado.
Eu trabalhei em um ambiente muito parecido, se não idêntico, ao de um presídio e digo para quem quiser. Bandido é bandido e se tiver uma chance, você dançou. Não tem essa de amigo.
Acho que por isso eu gostei de Cidade de Deus. Alguém ficou com dó quando morreu o Zé Pequeno? Não. Sabe por quê? Por que ele era criminoso. Tudo bem que tem umas mancadas, como outros que não parecem tão maus, mas foi menos pior que Carandiru.
Mas no fim de semana eu vi “Tropa de Elite”. Finalmente um filme brasileiro bom. Não passa a mão na cabeça dos policiais, não passa a mão na cabeça da sociedade, dos consumidores de drogas e não passa a mão na cabeça dos bandidos. Ele mostra a realidade. Ou parte dela. Quer saber do que eu gostei? De ter os caras maus do nosso lado. Isso é um alivio. Pessoas que como os bandidos, matam sem dó, torturam e fazem o que é necessário para que tudo se resolva de um jeito ou de outro. Chega de mocinhos que são só “mocinhos”. Nós queremos só gente assim do nosso lado.
Precisa torturar? Ele tortura. Tem que bater? Ele bate. Não precisa matar? Ele mata.
Olha o e-mail que recebi do meu cunhado, o Cláudio.

Um dia quiseram ver quem era o melhor: McGyver, Jack Bauer, ou Cap. Nascimento .
Chegaram pro McGyver e falaram: A gente soltou um coelho nessa floresta. Encontre mais rápido que os outros e você será considerado o melhor!
McGyver pegou uma moeda de 5 centavos no chão, um graveto e uma pedra e entrou na floresta. Demorou 2 dias pra construir um detector de coelhos em floresta e voltou no 3o dia com o coelho.
Chegaram pro Jack Bauer e falaram a mesma coisa.
Ele entrou correndo na floresta e 24 horas depois apareceu com o coelho. Pediu desculpas porque teve q desarmar 5 bombas nucleares, recuperar 15 armas químicas, escapar de um navio cargueiro que ia pra china e matar 100 terroristas pra chegar ate o coelho.
Pediram então para o Cap. Nascimento ir buscar o coelho. Se ele demorasse menos de 24 horas ele seria o melhor. No que ele respondeu:
- Ta de sacanagem comigo 05? Ce ta de sacanagem comigo? Você acha que eu tenho um dia inteiro pra perder com essa porra de brincadeira 05 ? Tu eh mo-le-que! MO-LE-QUE 05!!! Virou-se calmamente para a floresta e gritou:
- Pede pra sair!!! Pede pra sair cambada!!!
Em menos de 5 segundos já tinham saído da floresta: 300 coelhos, 20 jaguatiricas, 50 jacarés, 1000 paca-tatu-cotia-anã, o Shrek e o monstro-fumaça do Lost.
Então ele gritou:
- 02, tem gente com medinho de sair da floresta, 02!
- 07, traz a 12!
Nisso o Bin laden saiu da floresta correndo com as mão atras da cabeça!!


Olha, pode até não existir um Capitão Nascimento. Mas se existir parceiro, eu sou fã do cara.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Por que é bom ser homem...

Eu havia prometido a mim mesmo que não colocaria mais artigos machistas, ou que pudessem causar qualquer tipo de mal-estar nas mulheres. Até mesmo porque, eu descobri que a maioria dos freqüentadores desse blog, é composta de seres do sexo feminino.
Mas, perdoem-me se eu não consegui manter a palavra em relação a essa promessa. Afinal essa lista que eu recebi, de meu ex-aluno o Gigio, de autoria desconhecida – infelizmente - é simplesmente sensacional. São cinqüenta itens que mostram o porquê é bom ter nascido homem. São eles:

1 - Uma viagem de cinco dias requer apenas uma mochila.
2 - Conversas telefônicas acabam em 30 segundos ou menos.
3 - Nada de filas para o banheiro.
4 - Você consegue abrir os potes.
5 - Ao passear pelos canais da TV, você não tem que parar quando vê alguém chorando.
6 - Todos seus orgasmos são verdadeiros.
7 - Você não tem que carregar uma bolsa cheia de tralha pra cima e pra baixo.
8 - Você pode ir ao banheiro sem um grupo de apoio.
9 - Se seu trabalho é criticado, você não fica achando que todo mundo lhe odeia.
10 - Ninguém fica especulando se você cospe ou engole.
11 - Você não tem que limpar o vaso.
12 - Você fica pronto para sair 15 minutos depois de acordar, incluindo o banho!
13 - Você economiza tempo e dinheiro lavando a roupa de 3 em 3 semanas.
14 - Fazer sexo não deixa você preocupado com sua reputação.
15 - Se alguém esquece de convidar você para alguma coisa, é apenas um esquecimento, e não evidência de que odeiam você.
16 - Você não tem que fazer a barba abaixo do pescoço.
17 - Nenhum dos seus colegas de trabalho tem o poder de fazer você chorar.
18 - Você não tem que se aninhar num peito cabeludo toda noite.
19 - Se você tem 32 anos e é solteiro, ninguém liga.
20 - Relógio biológico? Que porra é essa?
21 - Chocolate é um alimento como qualquer outro.
22 - Flores resolvem tudo.
23 - Você não tem que se preocupar em "ferir os sentimentos" dos outros a cada palavra que diz.
24 - Você pensa em sexo 90% do tempo!
25 - Você consegue estacionar em vagas que têm menos de 2,5 vezes o comprimento do seu carro.
26 - Preliminares são opcionais.
27 - "Ver as vitrines", só se você é comerciante e precisa comprar vitrines para a sua loja.
28 - Ana Maria Braga inexiste no seu universo.
29 - A revista "Caras" inexiste no seu universo.
30 - Você fica preso à TV apenas 40 minutos por noite (noticiário) contra as 3 horas ou mais dela.
31 - Você não tem compulsão de arrumar sua casa inteira em 15 segundos quando alguém toca a campainha.
32 - Você não tem que convencer amigos seus a não fazer sexo. Pelo contrário.
33 - Os mecânicos lhe dizem a verdade.
34 - Você está nem aí se alguém percebe ou não que você cortou o cabelo.
35 - Se você está assistindo um jogo com um amigo seu e ele está no mais absoluto silêncio por 45 minutos, é porque o jogo está bom, e não porque ele está de mal com você.
36 - Mundo é bem mais simples e menos dramático para você.
37 - Você não depende do seu cônjuge para programar o videocassete.
38 - Cera quente e suas partes íntimas estão sempre a uma distância respeitável.
39 - Você tem apenas um estado de espírito por dia.
40 - Mesmo emprego, mais salário!
41 - Cabelos brancos e rugas somam charme.
42 - O controle remoto é SEU e ponto final.
43 - Ninguém fica olhando para seu peito enquanto conversa.
44 - Você tem um relacionamento absolutamente normal com sua mãe.
45 - Você pode comprar camisinhas sem que o balconista faça aquela cara de "visão de raios - X".
46 - Se você diz que vai ligar para um amigo e não liga, ele não fica choramingando e os outros não formam um comitê para solucionar o problema.
47 - Você não tem medo da velhice.
48 - Você não tem que dispensar uma oportunidade de fazer sexo.
49 - Filmes pornô são projetados especificamente para SUA mente.
50 - Você não tem que se lembrar dos aniversários de casamento e nascimento de todo mundo.
51 - Quando se encontra com os amigos, você sabe que não vai enfrentar a frase: "Então, está notando algo diferente em mim?".
52 - Seus amigos não o obrigam a falar sem ter sobre o que falar.
53 - A continuidade do Universo não depende da roupa de cama ser trocada todo dia.
54 - Ter barriga não o impede de usar camiseta.

Eu disse que a lista era sensacional...

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Feriadão...

Fim de semana prolongado e antecipado, o que paulistano gosta de fazer? Ou viaja ou vai pro shopping.
Adivinha o que eu fiz? Bom, eu sou paulistano.
Estava me preparando para viajar a quase duas semanas. E só pra variar, fiz as malas uma hora antes de ir. Não adianta. Eu sou assim.
Mas na semana passada eu fui dar uma olhada no mercado pra saber o que levar. Não tinha muita coisa. Carregamento de Coca-Cola? Confere. Chocolates? Confere. Bala Mentos? Confere. Hum. Espere. Eu mudei o corte de cabelo. Alias, eu parei de cortar o cabelo. Precisava de um xampu. Foi quando me deparei com uma verdade sórdida.
É quase impossível comprar xampu sem uma mulher dando o apoio técnico necessário.
Você não acredita? Eu utilizei uma estratégia simples, que todos os homens usam quando precisam comprar algo. Comecei pelo inicio da fileira e iria parar assim que avistasse o mais barato.
Foi então que cometi a burrada de olhar os rótulos. Os xampus são divididos ao que me parece por tipos de cabelo. Cabelos mistos (o que me confundiu um pouco, pois como tenho cabelos brancos, misturados com os castanhos, na minha cabeça, poderia ser esse o meu tipo), cabelos oleosos, que logo foram descartados, pois meus cabelos só ficam oleosos quando passo três ou quatro dias sem lavar, cabelos secos, que também foram descartados, pois normalmente, quando vou usar o xampu, estou no banho e os meus cabelos estão ensopados.
Resolvi então, optar pelos mistos. Mas a coisa não para por aí. Existem dentre os xampus para cabelos mistos, os para cabelos tingidos, encaracolados, lisos, compridos, danificados, com pontas duplas, com caspa, ressecados, queimados pelo sol, e mais uma infinidade de outras peculiaridades capilares. Nenhum para pessoas com cabelos normais. Nenhum.
Escolhi um que não tinha nada no rótulo. Foi quando uma vendedora me viu com cara de “O que eu estou fazendo aqui?” e resolveu me ajudar. Ela começou me dizendo que o xampu que eu escolhi, não era apropriado para o meu cabelo, pois era de broto de bambu com maçãs silvestres, e que eu devesse, talvez, optar pelo de soja com babaçu.
Babaçu? Que merda é essa? É uma fruta, uma verdura, uma leguminosa? Onde Babaçu abunda? Qual a diferença entre Babaçu e Bambu? Ela usou aquele sorriso que atiramos contra as crianças, que nos perguntam uma bobagem, do tipo “de onde vêm os bebês?”, e me explicou algo em relação ao tipo de essência com tonalidade e espessura dos fios do cabelo. A verdade seja dita; eu não entendi porra nenhuma. Peguei o produto indicado.
No caixa deixei o xampu no cestinho de produtos abandonados.
Eu preciso reavaliar a minha posição em relação às mulheres fúteis, pois descobri que mesmo para ser fútil, é necessário um estudo complexo de alguns assuntos.
Toca para a praia sem o xampu. E sem o suprimento de Coca-cola também. Adivinha? Preparado muito antes da viagem. É claro. Esqueci. Ou faço em cima da hora, ou melhor, não fazer.
A viagem foi ótima, apesar da Régis, que é uma porcaria de estrada, mas mesmo assim fomos obrigados a voltar no sábado de madrugada. Falta de água. Também, todo paulistano que se preza resolve viajar no feriadão.
O negócio é que eu estava com muita vontade de assistir o filme “Tropa de elite” e resolvemos fazer isso no domingo. Qual o melhor lugar para se pegar um cinema? Shopping. Claro.
Você conhece alguém mais paulistano do que eu?

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Baladinhas...

Vamos lá. De volta à ativa. Na verdade há duas semanas. Mas o coitado do blog só fica agüentando bronca.
Eu prometi que assim que as feridas cicatrizassem, eu procuraria novos lugares e os postaria aqui. Promessa feita, promessa cumprida.
Sábado retrasado eu tive problemas. Como todos sabem o ano tem 52 finais de semana. Eu duvido que dos 52 eu tenha tido convites para balada em mais de 20 deles. Isso contando a época em que eu estava solteiro e a mulherada corria desesperada atrás de mim. Se você é bom de contas, percebeu que isso é menos que a metade dos finais de semana. Os últimos então, eu estava à cata do que fazer. Acontece que três pessoas importantes faziam aniversário no mesmo fim de semana. Uma delas foi a minha prima, linda do coração, Ely. Não pude ir. Tinha também o aniversário da Vivi, de quem gosto muito e a quem eu estou devendo um almoço a pelo menos dois meses. Me sinto um lixo quando faço essas coisas, mas eu estava realmente enrolado nesses dois meses. O pior de tudo é que o aniversário foi comemorado em São Paulo. E nem era em uma casa de, argh, desculpem a palavra, pagode. Tocava um pop no lugar.
Sem desculpas.
Mas o problema é que também nesse dia, fazia aniversário o meu primo e afilhado, o André. Não havia condições de eu não ir ao aniversário dele. O cara mora no meu coração e eu ficaria me perguntando, mas que diabo de padrinho desnaturado é esse que não vai ao aniversário do próprio afilhado. Decidido.
Uma surpresa agradável foi o lugar. Chama-se Ludus e fica na Rua Treze de Maio, 972, na Bela Vista e é, como sugere o nome, uma luderia, ou seja, uma casa de jogos lúdicos. Havia pelo menos duzentos jogos de tabuleiro na casa e eu devo dizer que não conhecia nem metade deles. Nem metade eu disse? Para. Eu não conhecia nem um quinto dos jogos que eles têm por lá.
Ambiente agradável, atendimento muito bom e ainda tem um cara – o dono ao que me parece – que ensina aos grupos de jogadores, o que se deve fazer nos tabuleiros desconhecidos. Um barato o lugar. Você pode escolher qualquer jogo, ficar o tempo que quiser e paga oito reais. E a decoração também é bem caprichada. Bom, bonito e barato. Como ninguém merece informação pela metade, o link é http://www.ludusluderia.com.br/
O domingão seguinte foi legal também, e pra dar uma quebrada na rotina, fomos convidados pelo Rogério, para assistir a OSESP – Orquestra sinfônica do Estado de São Paulo. Eles tocaram no Vila Lobos e de vez em quando algo legal desse tipo acontece por lá. Se você não estiver muito antenado, perde.
Por fim, sábado passado fui a um lugar que não é novo para mim, mas que foi gostoso matar as saudades. É o Little Darling. Casa pequena, lotada e não é barata, mas bem freqüentada, com uma excelente decoração e com um sonzinho muito bom. Apesar de que isso depende da banda que toca ao vivo por lá também. Acredito que eles não usem o que já não foi bem experimentado. O único problema da banda da ultima vez, é que o cara errou a letra de todas as musicas que cantou. Mas é o que eu sempre digo. Azar de quem está sóbrio. Eu não disse né? Rock´n roll, claro. Sempre.
O que é engraçado no começo e enche o saco com o passar do tempo, é quando o tradicional drink chamado V8 – composto por oito tipos de destilados, e que vem a mesa com uma bandeja pegando fogo – é entregue a algum cliente e o pessoal da banda para de tocar a musica que for para tocar a musica do V8. É isso mesmo. O tal drink tem até musica própria. O chato é que depois da décima vez, você fica com vontade de matar o maldito que pediu aquela merda. E é ruim ainda por cima. Aqui tem o link do lugar http://www.littledarling.com.br/.
Dica para os mais baixos: Cuidado. O mictório deles é de alumínio.
Foram programas muito legais. Mas eu me pergunto se é por causa do local.
Não. O lugar em geral ajuda, mas é sempre a companhia, que transforma o que é comum em algo extremamente bom.
Um brinde a minha namorada, aos meus tios e primos e um brinde aos meus amigos.
Mas por favor, ninguém peça um V8 para brindar.
Eu não agüento mais a porra dessa musica.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Deu no noticiário...

Segue a reportagem na integra de um dos piores jornalistas do Brasil. Na minha opinião leiga é claro.

RECORD NEWS: A GLOBO ENTENDEU O RECADO

Paulo Henrique Amorim

Na inauguração da Record News, nesta quinta feira, dia 27, à noite, a Globo sentiu o tamanho do problema que tem a enfrentar: a Record.
O proprietário da Record, o empresário Edir Macedo, deixou claro que a estratégia da Record News – um canal de noticias 24 horas no ar, de GRAÇA – faz parte de uma estratégia para corrigir "uma injustiça" (a forma como a Globo manipulou a prisão de Edir Macedo, 15 anos atrás) e acabar com um monopólio.
Nenhuma democracia do mundo pode conviver por muito tempo com a situação anômala de que desfruta a Globo: com 50% da audiência, a Globo detém 70% da verba publicitária.
Como a tevê tem 50% de todo real gasto em publicidade, a Globo fica – só a Globo, rede de televisão – com 35 centavos!
De cada real gasto em publicidade, num país que se diz democrático, e do tamanho do Brasil, a Globo fica com 35 centavos!
Já que as instituições "democráticas" não enfrentaram o problema, o mercado vai enfrentar.
A Record resolveu entrar de sola na fatia do mercado mais rentável da tevê aberta – a teledramaturgia -; e a Record News vai quebrar o monopólio da informação: todo mundo vai ter noticia 24 horas por dia, de GRAÇA.
Edir Macedo falou para a Globo.
O presidente Lula também.
Lula terminou com uma frase que dizia assim: quando inauguro um jornal, uma tevê, uma rádio, penso naquela frase "... liberdade! liberdade!, abre as asas sobre nós!".
Uma prova de que Macedo e Lula foram ao centro do problema – a Globo – é que o outro orador da noite, o presidente eleito José Serra, não foi capaz de dizer uma única palavra que merecesse ser lembrada...
Ele, que mantém uma relação "especial" com a Globo de São Paulo.
(Por falar nisso, como disse o filosofo Paulo Arantes, na Folha, "o que pensa esse rapaz?", o Serra?)
Em tempo: como observa amiga muito bonita, algo já mudou mesmo. Antes, a Globo, arrogante, ignorava tudo o que falavam dela. Seria dar palanque a quem não merecia. Hoje, sexta-feira, dia 28, na primeira página, O Globo publica a foto do presidente Lula com Edir Macedo, no momento em que punham a Record News no ar. Sim, cara amiga, já mudou muita coisa. O Presidente da República, por exemplo...


Não é possível. Posso não ser um jornalista, nem um intelectual, mas vou fazer algumas observações a respeito do texto acima, escrito por um repórter formado e bem conceituado.
Em primeiro lugar ele comemora o fato de um novo canal de jornalismo ser colocado no ar, no antigo canal da rede Mulher, também pertencente à rede Record, com a clara estratégia de se “corrigir uma injustiça feita contra o Edir Macedo há quinze anos.” Acredito que um canal com essa filosofia, não seja muito imparcial. Ainda mais se tratando, bem, de quem se está tratando.
Em segundo lugar, ele acha lindo o dono da Universal e o presidente semi-analfabeto, discursarem de forma aberta sobre o apoio a esse canal, enquanto a única pessoa com um pouco mais de cultura se calou. Aliás, quem é esse Paulo Henrique Amorim para eleger o Serra presidente? Será que ele não sabe que em uma democracia só há um presidente? É como o Highlander. Só pode haver um.
É meus amigos. Eu vou continuar lendo o Estadão. Não sei por que, mas não sinto a menor confiança nesse novo canal.
E enquanto não surgir algo realmente decente na televisão... Viva a Globo.

Retificação em 04/10
Ainda em tempo. Obrigado Gwen. Esqueci de colocar as informações acerca da reportagem.
Publicada no "Conversa afiada" do IG no dia 28/09 o link para a reportagem é:
http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/457501-458000/457577/457577_1.html

O inicio da primavera

Eu fiquei pensando bastante no titulo antes de escrever esse artigo. Eu tinha em mente dois possíveis: “O fim do inverno” e “O inicio da primavera”. Como você pôde perceber eu escolhi o segundo. E por quê? Simples. Depois de atravessar um inverno, por mais longo e gelado que ele tenha sido e entrar em outra estação, você não se lembra mais da sensação. Você pode dizer para as pessoas durante o resto dos seus dias “Como eu passei frio naquele inverno.” Mas não irá se lembrar de verdade do frio. Ainda mais nos dias quentes.
De qualquer forma esse é só um artigo intermediário, para melhorar o astral desse blog. Os tempos estão mudando. O stress diminuiu com o final do curso de licenciatura, mesmo que ainda falte o estágio, e o fim do curso naquela instituição que não devo pronunciar o nome ;).
Vou começar a tirar algumas coisas que eu havia escrito, da gaveta, e voltar a alimentar esse blog. Se você resistiu até agora, puxa, obrigado. Eu estava tremendamente chato. Vou tentar recompensar a sua insistência.
Abraços.