domingo, 25 de novembro de 2007

Seriam as mulheres indecisas?...


Estava conversando com uma amiga minha, pelo MSN, esses dias, e ela me confessou: “Eu sou meio indecisa sabe?”. Obviamente eu respondi “Claro, você é mulher”.
É necessário esclarecer que eu não disse isso de forma pejorativa, claro. Mas é uma verdade. Toda mulher é indecisa.
A conversa continuou e ela me disse que tem esse problema, porém, apenas nos assuntos relacionados às coisas supérfluas como roupas e corte do cabelo. Menos mal. Mas, ainda sim uma genuína representante das mulheres.
Quer ver como a coisa funciona? Chegue de surpresa na casa de sua namorada e a convide para ir a um evento social qualquer. Ela fatalmente perguntará “Quem vai a essa festa?”. E irá demorar muito tempo pra se vestir. Algo próximo de uma eternidade.
Para nós homens o processo é mais simples. A única coisa que temos que saber é se a festa necessita de trajes sociais ou não. Tanto melhor se não. Já para as mulheres essa informação não basta. Muitas coisas passam pela cabeça delas.
Após terminarem de se vestir elas chegam e sempre perguntam “Demorei?”. No começo de um relacionamento, sempre respondemos que não. Sempre. Ou usamos as respostas alternativas semelhantes como “Imagina”, “De jeito nenhum”, ou após um pequeno tempo de relacionamento o famoso “Demorou, mas valeu a pena.”.
O bom em se ter a minha idade é que já não me preocupo muito com isso. Como eu sei que toda mulher demora a se vestir, procuro sempre marcar tudo com alguma antecedência e sempre faço o relato completo do evento como onde será, a que horas e quem, provavelmente, irá. Isso porque, se você está atrasado e em um ato impensado, responde a pergunta fatal com um “Caramba, demorou bastante” ela será obrigada a mentir dizendo que demorou, pois estava se vestindo para você. E nós sabemos que isso é uma mentira tão deslavada, quanto um orgasmo fingido.
Uma mulher nunca se veste para o homem.
E elas não o fazem por um motivo simples; as outras, muito provavelmente, com ciúmes do parceiro, diriam que ela é uma vagabunda. Sim, isso porque a mulher que quiser se vestir para o seu homem irá colocar roupas que valorizem os seus dotes, utilizando grandes decotes e calças ou vestidos que valorizem a sua bunda. Apenas isso. Nada de brincos, ou batom, ou pulseiras, sapatos que combinam com a bolsa, nada disso. As únicas mulheres que eu conheço que se vestem exclusivamente para os homens são as prostitutas e convenhamos o nosso gosto apesar de prático é bastante questionável.
Mulher se veste mesmo é para outras mulheres. Elas cortam o cabelo para as outras mulheres, pintam as unhas para as outras mulheres e compram jóias para usarem como adorno para outras mulheres.
Vai dizer que nunca aconteceu com você de chegar a uma festa e uma amiga de sua namorada ou esposa, dizer: “Nossa, seu cabelo ficou lindo.”. A primeira reação dela depois de agradecer, será lançar aquele olhar que diz “Está vendo? Pelo menos alguém reparou em mim.”, restando a você um único e adequado pensamento: “fodeu”.
É, agora é tarde demais para reparar o deslize de não ter reparado que ela cortou as pontas, diminuindo a vasta cobertura capilar em um ou dois centímetros.
Os casados têm pesadelos em que eles chegam em casa e a esposa pergunta “Não está notando nada diferente em mim?”. Eles sabem que a resposta errada a essa pergunta acabará com qualquer remota possibilidade de sexo naquela noite e portanto, resta apenas o chute.
Pensando bem, acredito que elas façam isso de propósito. Elas sabem que apenas outras mulheres e talvez os gays é que teriam uma chance mínima de responder a essa capciosa pergunta. Um homem heterossexual, jamais.
É por esse motivo que elas perguntam quem vai à festa. Para saber se haverá alguma concorrente direta, ou “amiga” a quem queira impressionar. Muita coisa para pensar. Isso gera uma confusão, que transforma o simples ato de vestir alguma roupa em uma experiência complexa e extenuante.
Sendo assim, vendo por esse prisma, podemos talvez, chegar à conclusão de que as mulheres não são indecisas, ao menos no que diz respeito a se vestirem.
Elas apenas são muito competitivas.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Mas afinal de contas, onde estamos?...


Hoje eu resolvi escrever, apenas com o intuito de fazer com que você entenda como é raro(a). É isso mesmo. A julgar pela média dos meus leitores, aqueles que eu conheço, vou mostrar como isso é verdade.
Quem leu até aqui deve estar pensando, “Pronto, ele resolveu começar a puxar o nosso saco, porque o blog dele já está com mais de mil visitas” hehehe.

É verdade. Pelo menos a parte das visitas. Mas não puxarei o saco de ninguém, não. Apenas mostrarei os fatos.
Ah, os fatos.
Comecemos.
Você é brasileiro. Um dos 191.791.000 moradores desse País. Isso significa que você pertence a 3,80% dos moradores desse globo. Dentre esses felizardos, se você sabe onde estão posicionados os Estados Unidos, dentro do Mapa Mundi, então você passa a pertencer a uma minoria de 18% da população. É verdade. Segundo a revista Veja, 82% de nossos conterrâneos, não sabem onde ficam os EUA. Você acha isso critico? Tenha calma e permaneça sentado. Isso piora. E muito.
Digamos que você saiba onde fica a nossa vizinha Argentina, então você deixa de ser igual a 84% da população. E se você consegue localizar o Japão no mapa, melhor ainda. Você é minoria quase absoluta. Se for a França, então, uau, você é uma pessoa rara. Pois 92% dos brasileiros, não sabem onde fica o Japão (aquela ilha, dá pra acreditar?) e 97%, não tem idéia de onde diabos, fica a França. Você pertence à rara minoria que tem o privilégio de saber onde mora aquele povinho metido a besta que fala com biquinho.
Mas se não sabe, relaxe. Se alguém abrir o mapa na sua frente e você, por um acaso, souber apontar, onde fica o Brasil, isso mesmo, o Brasil, então você está melhor do que 50% da população.
Pois é. A gente tira um sarro dos Americanos, porque eles acham que a capital do Brasil é Buenos Aires, e nós mesmos, não temos a menor idéia de onde fica nosso próprio País. 50% é um número significativo demais. E as pessoas, quando questionadas a respeito da localização, excluindo, claro os que apenas disseram, “não sei”(esses 20%), 2% acham que nós estamos na África, ocupando o lugar da República Democrática do Congo, outros 2% no lugar da Argentina e 1% no Chade, no continente Africano.
Eu achei um site muito legal, que mostra muitas informações a respeito dos Países pelo mundo, e é ligado ao IBGE. O link é http://www.ibge.gov.br/paisesat/ . Eu fiquei impressionado com a semelhança entre os dois Países. Praticamente iguais. Brasil e Chade. A diferença, acredito, é que não temos Savanas e nem leões.
Porra, será que esse pessoal nunca jogou WAR???
Bom, voltando ao assunto, você se sente raro como deveria? Aposto que não ficou feliz com isso.
Eu não fiquei.
Mas não consegui segurar um sorriso maldoso, quando imaginei a Dona Marisa, perguntando para o nosso presidente “Você vai para a França? Mas onde diabos fica isso?”
Tenho certeza de que ele apontaria para a Groelândia.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

A arte de colar...


Dia de prova. Sempre o mesmo roteiro. Entro na sala de aula, com o pacote de avaliações em baixo do braço. Jogo o pacote na mesa e olho para a classe, à procura de olhares desviados. O primeiro sinal.
O tempo sempre está a meu favor nessas datas. Sempre. Calmamente, tiro as avaliações do pacote, e as separo em cima da mesa com a frente voltada para a mesa. Isso aumenta a tensão de quem está com más intenções. Deixo as avaliações na mesa e faço algum discurso para tentar convencer essas pessoas, de que essa não é a melhor das idéias. Convencê-las de que mesmo que elas sejam boas nisso, eu também sou, o que aumenta em muito a probabilidade do fracasso. Fiz isso a minha vida toda. Ginásio, Colégio, Faculdade e até licenciatura. Sei muito bem do que estou falando. Conheço esse terreno como a palma de minha mão. E agora me voltei para o outro lado. O lado opressor. O lado negro. Agora eu sou o inimigo. E conheço as artimanhas, as técnicas e as táticas.
Amoleço o lado psicológico. Depois do discurso eles já estão prontos.
Entrego as folhas ainda viradas para os primeiros das fileiras e peço para passarem para trás. Isso me deixa avaliar as reações de uns poucos. O segundo sinal.
A verdade é que mais da metade dos que fariam algo, desistem nessa hora.
Agora nada mais é probabilidade. Agora tudo é fato. Ou está acontecendo, ou não está.
Com os nervos já atiçados, os “coleiros” (vamos chamá-los assim), já estão prontos para serem pegos. E seus atos vão entregá-los. Quem é professor sabe para onde olhar. Nos primeiros trinta segundos de prova, já é possível saber quem vai e quem não vai colar. Eu sei disso, colegas meus sabem disso e alguns como o Rogério, melhor ainda.
Procuro não olhar diretamente para o “coleiro”. Mas quem está colando, tenta se certificar de que não está sendo observado. Procura a posição do professor o tempo todo. O terceiro e derradeiro sinal.
A tática para apanhar as primeiras colas é simples. Ficar parado, fingindo de morto. Alguns ganham coragem nessa hora. Puxam a cola e ficam vulneráveis nesse momento. Nunca me levanto enquanto eu não tenho a completa noção de onde veio o papel e para onde ele vai. Depois é levantar, caminhar lentamente, com o alvo em vista o tempo todo e pegar. Cola e avaliação. Contravenção e provas do crime. Sem discussão, sem ameaças, sem risadas, sem nada. Em absoluto silêncio, para não assustar os demais. Alguns dão risada, outros ficam nervosos. Quarto e desnecessário sinal.
Pegou à primeira, vá atrás das outras. Não de uma segunda chance. Os que não forem pegos darão risada dos que forem. Seja opressor, mas seja justo.
Eu não faço isso pra prejudicá-los. Mas, se você quer fazer algo ilícito, pelo menos faça a coisa correta. Colar é uma arte.
Se o Lula tivesse sido meu aluno, ele estaria fazendo um governo melhor.
O que lhe falta saber, é que sempre, sempre, tem alguém de olho.
.
Foto: 05/11/2007 - Colas apreendidas em um dia de provas...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Ácido...


Há algum tempo eu li na revista Veja, que conseguiram classificar, quatro principais tipos de humor. Existe, na reportagem, inclusive, um questionário que ao responder e somar o resultado, de acordo com as respostas, é possível descobrir qual é o seu tipo de humor, dentre os quatro: “Corrosivo”, “De bem com a vida”, “autodepreciativo” e “agregador”. Eu já havia feito o teste, nessa época, e descobri que o meu principal humor, pasmem, é o corrosivo.
Pois eu procurei e achei a reportagem on-line, e o link é http://veja.abril.com.br/151106/p_116.html.
Segundo a matéria, se o leitor obtiver uma somatória maior do que 17 pontos em um dos tipos, isso significa que esse é o humor principal, e que ele é frequentemente utilizado. O único humor que ficou abaixo dos 17, no meu caso, foi o “de bem com a vida”. E eu fiz 16. No meu humor principal, o corrosivo, eu atingi os 25 pontos. E no autodepreciativo fiquei na faixa dos 23.
É. Fica mais fácil enxergar as coisas, quando você passa a se conhecer. Eu sempre achei que fosse meio ácido, que não deixava passar nenhuma mancada dos meus amigos. Sempre entendi a frase, perder o amigo, mas nunca a piada. E sempre fiz cumprir isso. Mas não costumo perder meus amigos. Acho que eles estão acostumados. Acredito que eles entendam que isso faz parte do meu incomparável charme e que não distante, é mais forte que eu.
Já o que me fez pensar foi o autodepreciativo. Aquele em que você mesmo não perdoa as cagadas que faz. Os erros, os deslizes, as mancadas. Tudo, tudo, vira material para chacotas. Quanto mais feia a situação para você, mais engraçada ela se torna para os outros. Desde que você não faça papel de vitima, claro. As vitimas são chatas.
Mas esse também é o meu problema. Eu costumo ser melancólico e, são necessários anos de convivência para detectar quando estou assim. E quanto mais melancólico eu fico, mais ácido eu me torno.
Eu acabei descobrindo, que, por vezes, me escondo atrás do escárnio.
Quase ninguém percebe quando estou deprimido. A não ser, claro, que eu esteja muito, muito infeliz.
E não tem a frase que diz que todo palhaço é triste? Isso não é verdade. Minha ruína só se transforma em piadas quando acaba o meu material.
Por favor, alguém procure dar uma mancada na minha frente. Mesmo que pequena.
Não posso, de jeito nenhum, ficar sem material...