quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Troféu “pênis áureo”...


Resolvi terminar o ano com uma tradição que há de se iniciar aqui. Será a distribuição do troféu pênis áureo, entregue aquelas personalidades, instituições ou organizações que resolverem foder com o maior número de pessoas ou foderem com poucas pessoas, porém com muita qualidade. Esse prêmio será representado por um totem em formato fálico com aproximadamente 25 cm de comprimento apoiado em uma base em formato de escroto, feito de material sólido e, obviamente, folhado a ouro.
Os candidatos são:

- CET SP
A Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo promete freqüentar muitos e muitos pênis áureos, já que sempre se esforça para constar na lista, servindo como exemplo de superação a cada ano. Este ano estão concorrendo representados por um semáforo instalado a poucos metros de uma nova saída da marginal, logo após a ponte do piqueri, sentido penha-lapa.
A idéia foi simplesmente sensacional e conta ainda com vias que se transformaram em mão única divididas por este mesmo semáforo. Para constatar a perfeição do projeto basta passar por lá em qualquer horário. Agora mesmo, às 02h30, quando estou escrevendo este artigo, com certeza há alguém parado e muito preocupado em perder a traseira do carro para quem sai da marginal.

-Demutran
Não. Não é lenda. Existe mesmo um Departamento Municipal de Trânsito em Osasco. E para provar isso, é com orgulho que são representados pelas recentes mudanças na estrutura do trevo da Anhaguera em Osasco. São a prova de que com pouco esforço (apenas pintando novas faixas no chão e apagando as antigas) e nenhum investimento, é possível prejudicar a vida de motoristas e moradores de uma região de uma forma nunca antes imaginada. O trajeto maldito para o temido trevo de Osasco, que antes demandava pelo menos 40 minutos, foi estendido para nada mais, nada menos do que 1h30. Em alguns trechos o carro fica completamente parado por mais de 10 minutos. É fantástico. E o melhor é que já no primeiro dia de mudanças, eles conseguiram criar um congestionamento monstro dos dois lados da Anhanguera, com filas de até três quilômetros, às 22h. Definitivamente um feito a ser lembrado. Outro fato interessante é o do Demutran trabalhar religiosamente até as 20h. Depois disso eles simplesmente vão embora, como se o problema estivesse resolvido.

José Serra.
O nosso querido governador conseguiu essa indicação ao voltar atrás na decisão de que as aulas perdidas durante o recesso estendido, por culpa da gripe H1N1, não precisariam ser repostas desde que o conteúdo fosse recuperado. Quando voltou atrás detonou a saúde de milhares de professores e alunos que acordaram mais cedo ou dormiram mais tarde, ou ainda, como é o meu caso, acordaram mais cedo e dormiram mais tarde, para recuperar os dias letivos. Obviamente, esse tipo de sacrifício foi totalmente em vão por que a qualidade das aulas cai sensivelmente já que docentes e discentes estão exaustos. Um exemplo de que é possível foder ainda mais com uma classe que já se imaginava no fundo do poço.

And the Pênis goes to...
...Demutran.
Aplausos. A escolha foi difícil já que todo os candidatos se esforçaram muito e mostraram extrema competência para atingir os seus objetivos, mas o Demutran, por utilizar o menor número de recursos e investimento zero. Mostraram não apenas eficácia, como também uma eficiência brutal para prejudicar o maior número de pessoas possível e com grande qualidade.
O único problema é que o troféu precisará ser dividido. A parte fálica ficaria merecidamente com o Demutran, que poderá guardar onde considerar melhor, enquanto ao prefeito do PT, o Sr. Emídio, caberia a parte de baixo do troféu. Acredito que dessa forma ficaria perfeito, pois a parte dele seria merecidamente representada pelos escrotos.
Coincidência?

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Chinês...

- Bom dia. Qual o preço desses filhotes? – pergunta a garota ao vendedor na loja.

O vendedor dos filhotes de cachorro aponta um por um, indicando os preços. São pelo menos doze filhotes, felpudos e fofinhos. A garota olha mais um pouco e, finalmente se decide.

- Quero aquele ali.

- Claro, como quiser.

O vendedor pega o filhote do caixote de vidro e leva para os fundos da loja. Depois de alguns minutos ele volta com um jornal e um punhado de carne dentro. A garota olha sem acreditar. É o animal desossado. Incrédula ela se dirige irritada para o vendedor:

- Não! O que você fez? Eu queria em filés.



Povo estranho esse chinês. Como pode uma raça que come cães? Tudo bem, os indianos devem imaginar a mesma coisa de nós, que comemos a vaca. Mas, cachorro? Aí é sacanagem.

Fomos a um restaurante chinês, na liberdade. A verdade é que eu fujo desse tipo de culinária, já que os nossos amigos de olho puxado, são conhecidos por comerem tudo o que se mexe. Gafanhotos, baratas, aranhas, lesmas, cães, gatos, enfim, tudo. Pra eles, tudo mesmo pode virar uma "lefeição". Algumas vezes você foge, outras você luta. Havia chegado a minha vez de enfrentar os chineses e a sua tão temida "culinália".

Entramos no restaurante e nos dirigimos ao andar superior. Obviamente nenhum dos atendentes falava a língua de meu país de origem, mas eles apontaram em vários caminhos errados dentro do estabelecimento, até encontrarmos nossos amigos, que já haviam feito o pedido da entrada. Uma porção de rolinhos primavera. Esclarecendo que a porção chinesa é composta por 12 unidades, diferente da francesa, que é composta por duas. Deve ser proporcional ao número de habitantes de cada país. Como estávamos, por coincidência e desistência de dois dos mais espertos membros, em doze também, uma porção seria a quantidade exata para o grupo.

Apesar da demora em chegar os rolinhos, fomos distraídos pela decodificação dos pratos do cardápio. E o atendimento deve ser excelente para os padrões chineses. Quando perguntada do porque da demora, a chinesa mandou rapidamente um "espela". Claro. Há outra saída?

Graças ao bom Deus esses orientais tem também um cardápio voltado para pessoas semi-normais, com comidas semi-normais do tipo frango xadrez e yakissoba, que foram selecionados pelo grupo junto com uma tigela de Shimeji e um de camarões.

Chegaram os rolinhos, juntamente com os refrigerantes. Cada pessoa presente na mesa pegou um e o ultimo ficou sem. Veio um a menos.

- Você quer reclamar? Foi perguntado ao sorteado.

- Melhor não. Ouvi dizer que cospem na comida.

Havia óleo no rolinho. Muito. O suficiente para separar a minha urina da água algumas horas depois de ter ingerido e o corpo ter desistido de digerir. O resto deve ter ido para as veias ao redor do coração. Mas estavam bons. Ou eu estava com fome às três da tarde.

Os pratos foram chegando em sequência a começar pelos camarões. E que camarões. Gigantescos. O próximo prato para deleite dos que por azar são alérgicos a camarão foi o Yakisoba. Delicioso. E foi seguido pelo frango xadrez e a tigela de Shimeji. Esse último, definitivamente, o mais estranho. Os cogumelos pareciam glandes. Não, não é um chinês dizendo que os cogumelos eram enormes. É isso mesmo que você está pensando, glandes, as pontas das genitálias masculinas.

Estranhamente o prato ficou intocado.

Mais uma rodada de refrigerantes e muita conversa jogada fora, alguém pediu a conta. No total, com todos muito satisfeitos, a conta não saiu por mais de 17 Reais por pessoa. Barato e no geral, gostoso. Mesmo assim, como houve o incidente do rolinho primavera que estava faltando, um amigo resolveu conferir a conta.

- Alguém sabe como se escreve refrigerante em chinês?




Agradecimentos à amiga Mel pela história fofa do início do texto.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ninguém mais quer o meu dinheiro...


Pode acreditar. Esse negócio de crise financeira é conversa pra boi dormir. Acho que só eu ando precisando de dinheiro nesse mundo cruel. Não acredita em mim? Então vá a uma concessionária e tente comprar um carro. De preferência um carro que antes, era chamado de “popular”. Popular é o cacete. Onde já se viu um carro dito do povo, custar entre vinte e nove e trinta e cinco mil reais.

Chegue para o vendedor com a cara mais lavada do mundo e o orgulho aparente e diga: “Vim comprar um carro mil. Vou pagar a vista.”. Sabe o que ele dirá pra você? “Tanto faz!”.
Tanto faz.

Ele não se importa se você vai pagar a vista ou se vai ter penhorar todas as jóias da sua falecida avó pra pagar as parcelas. Não importa se você terminará ou não de pagar o carro. Pra eles – os vendedores – tanto faz!

Ok. Não fui eu quem foi comprar o carro. Digamos que eu apenas acompanhei, de uma distância segura, o comprador, como um consultor meia boca e, na verdade, nem vi a finalização do negócio, mas o que eu senti quando aquele cretino disse: tanto faz!, me fez renovar, em minha cabeça, o repertório de palavrões, que modéstia a parte, é bem extenso.

Os caras estão por cima da carne seca. Maldita redução do IPI. Verdade que precisamos manter os empregos dos funcionários das montadoras. Mas a que preço? Nem me venha falar do meio ambiente, pois eu já disse o que penso disso. O alto custo que vejo é a manutenção de um cara que mal sabe ler e escrever e vira pra quem se matou anos, juntando um dinheiro pra comprar um carro a vista e diz: “tanto faz!”. Ahh. Morra. Fodam-se as concessionárias.

Mas a coisa não acaba por aí.

Você já viu as propagandas de operadoras de telefonia celular? Pessoas lindas, jovens, modernas, descoladas e atendendo as pessoas como se estivessem realmente se importando com elas. Se você acredita nisso, tente mudar o seu plano de pré para pós e conseguir um aparelhinho melhor.
Pois bem. Com essa missão, fui ao shopping e me dirigi primeiro à TIM. Sabe como é. Sou fiel. Foi o melhor atendimento de todas, o que não é difícil e, infelizmente, não quis dizer nada. O vendedor me cumprimentou com o rosto sério e impassível e mandou um automático “Boa noite.”. Ok, eu não esperava que me colocassem um colar de flores na entrada e gritassem “ALOHA!!”, mas pelo menos um sorriso.
- Boa noite, eu queria mudar o meu plano para um pós-pago da TIM. E trocar de aparelho também.
- Pois não, nós temos esses celulares aqui – espalha aparelhos lindos e caros pela mesa na minha frente, enchendo os meus olhos – para que o senhor mude para a TIM.
- Não. Eu já sou cliente TIM. – Disse isso com um orgulho quase infantil e um sorriso no rosto.
- Ah. Porque o senhor não me disse antes? – Recolheu os aparelhos da mesa e abaixou para guardar e pegar outros. Fiquei mais feliz ainda. Eu finalmente, serei reconhecido por ter sido cliente fiel por seis anos. – Para pessoas que já são cliente nós temos esse aqui. – Ele me mostrou um aparelho que eu tenho quase certeza, era usado. Talvez algum que tenha sido devolvido e restaurado pela empresa.
- Não. Espere. Algo deve estar errado. Eu gasto o meu dinheiro com vocês há seis anos. Eu quero aqueles outros aparelhos. Os novos e bonitões, cheios de tecnologia.
- Não há engano nenhum senhor. Os aparelhos que eu mostrei são apenas para clientes novos. O senhor não quer comprar uma nova linha?
A minha sorte é que sou uma pessoa controlada. Mantive a postura, me levantei da cadeira e, como um lorde inglês, dirigi-me ao vendedor e disse, sem alterar o tom de voz:
- Não muito obrigado. Eu não quero comprar uma linha nova. Na verdade, eu quero que o senhor pegue todos aqueles aparelhos e enfie no rabo. Um por um. Ah, não se esqueça de colocá-los no vibra call antes disso. – Virei as costas e sai da loja, sob protestos do vendedor, que foi pego de surpresa e não teve a idéia de correr atrás de mim. Pelo menos eu estava com sorte.
Aproveitei a boa maré e me dirigi com a vingança na cabeça, às outras três operadoras rivais. Teria minha desforra. Foda-se a TIM.
Parei na porta da Oi, onde os vendedores eram todos jovens e de cabelos arrepiados, rindo e conversando, e decidi entrar. Entrei e não havia ninguém na minha frente na fila de espera.
Fiquei em pé, sem senha, esperando. Chegou mais um cara e pouco depois, mais duas garotas. O cara foi menos paciente que eu, e quando uma das garotas foi atendida na minha frente, minha paciência se esgotou. Sai jurando nunca mais voltar ali. Foda-se a Oi.
Já meio abalado, mas ainda com o sangue quente a fim de uma retaliação dirigi-me a Vivo. O rapaz que fazia a triagem na porta esperou eu me explicar e disse:
- Tudo bem. Mas, a fila de espera é de uma hora e meia.
Eram 21h30. Eu não iria sair do shopping às 23h por causa de uma porcaria de vingança. Não era mais a conta e nem o aparelho. Tratava-se pura e simplesmente de vingança. Fui embora. Foda-se a Vivo.
Só me restou a Claro. Entrei, esperei enquanto alguns vendedores atendiam clientes e outros conversavam atrás do caixa. Minha resistência a cretinos já estava baixa e após dez minutos eu decidi ir embora. Foda-se a Claro.
De uma só tacada essa semana, coloquei na minha cabeça que, não importa o que me ofereçam, manterei o Gurgel e a minha linha pré-paga no meu aparelho idoso, desatualizado e carcomido.
Não vou dar o meu dinheiro suado e sofrido para ninguém que esteja por cima da carne seca.
A única coisa que eu sei é que o mundo gira. Quem sabe amanhã, uma crise de verdade não atinge essas empresas e os consumidores, talvez, voltem a ser respeitados novamente?
Vou apostar nisso e manter o meu pouco dinheiro colado em mim. Pra mim, ele ainda tem algum valor.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

A hora do planeta...


Sábado passado, dia 28, planejaram um evento chamado “A hora do planeta”.
Ah, é pra salvar o planeta?
Ok. Desliguei a minha lâmpada de 15W na sala. Enquanto ela ficava desligada, eu fiquei com o meu computador com fonte de 450W, ligado a minha televisão de 250W, assistindo um filme enquanto comia pipocas feitas no meu microondas. Não acho que tenha feito alguma coisa pelo planeta. Aliás, eu acho que fiz sim.
Eu acredito que esse lance de salvar o planeta é uma grande balela. Uma enorme balela. O planeta não tem que ser salvo. Nós usamos essa desculpa para nos salvarmos. A natureza não vai acabar. Mas, se tudo der certo, a humanidade vai.
Que bem nós fizemos por essa bola de lama que chamamos de terra? Desde que aparecemos só temos feito uma cagada após outra, moldando tudo conforme nossa vontade e deixando os corpos dos extintos para trás.
Acho que os cães são os principais exemplos do quanto podemos ser egoístas e impiedosos. Primeiro, transformamos os lobos em criaturas ridículas, que só servem para o nosso entretenimento, seja nas rinhas, brigando até a morte de um, seja como patetas usando roupinhas para fingirmos que os animais mimados e mentalmente perturbados são nossos filhos (afinal não deve ser fácil ficar em casa o dia todo esperando um dono cansado que pouco ligue para ele).
Depois os deixamos totalmente dependentes e se não alimentarmos, eles morrem de fome. Se não dermos água, eles morrem de sede. E ainda existem aqueles que, quando o animalzinho cresce e deixa de ficar bonitinho, abandonam o excluído na estrada para morrer. Em geral, atropelado.
Na ultima trilha que fiz domingo passado, no meio do mato, passei por vários trechos onde as arvores estavam derrubadas e empilhadas, apenas esperando o caminhão recolher os troncos que vão servir para fazer as nossas pizzas, ou se transformar nos lindos móveis que estão em nossas casas.
Estamos realmente acabando com a natureza, mas ninguém fará nada por ela, se disso, depender o conforto próprio.
Muito menos eu.
Portanto, cheguei à conclusão de que o problema não é lutar. É saber pelo que se está lutando. E agora eu sei exatamente de que lado estou. Vou fazer a minha parte para ajudar a natureza e serei um soldado implacável.
Vou continuar deixando as lâmpadas ligadas, vou desperdiçar a água, vou andar sempre que puder com o meu carro tremendamente poluidor e gerar o máximo possível de lixo, de preferência utilizando plástico.
Dessa forma, acelerando o processo de extinção do homem eu finalmente, talvez, esteja fazendo algo pela natureza.