terça-feira, 10 de junho de 2008

O mundo é gay...

Não adianta negar, espernear, nem ficar louco de raiva com isso, até mesmo porque isso é coisa de viado, e assim você só estaria realçando essa constatação e engrossando o contingente gay.

Eu ando meio ocupado e, portanto, não foi possível escrever por aqui nesses últimos tempos, e aqui vai um artigo meio passado sobre o dia da parada gay. Disseram os jornais que o público da parada estava em três milhões de pessoas, mas os órgãos gays (sem trocadilho, eu juro), juram de pés com pantufas juntos, que havia mais de cinco milhões de pessoas, entre homossexuais e simpatizantes.

Apesar dos gays serem meio exagerados, eu acredito mais no segundo número. Tinha gente pra cacete por lá (de novo, sem trocadilho). Como eu sei? Aí é que está. Seria muito mais fácil eu dizer que fui e pronto, e evitaria desgastes, porque a verdade é muito mais difícil de acreditar.
Estava voltando da casa de minha irmã, quando para evitar a 9 de julho que estava entupidassa, resolvemos subir de carro uma rua que para nosso desespero, desembocou na Rua Frei Caneca. Com tantas ruas em São Paulo para cair de pára-quedas, e fomos cair justo no reduto rosa da cidade em dia de parada gay. Se isso não é azar, eu não sei o que é. No desespero, para fugir do transito resolvemos pegar a primeira rua à esquerda, seguindo os desvios colocados pela CET e acabamos caindo na Augusta. Pronto. Que maravilha. Rua Augusta. E bem na hora em que estavam encerrando os eventos na Paulista.

Com o carro praticamente estacionado no meio da pista, nos movendo a incríveis 0,2Km/h o meu pensamento reconfortante foi: “Quem sabe agora não passa um casal de lindas lésbicas e começam a se agarrar na frente do carro?”. Claro. Podia acontecer. Eu confiando na força do pensamento positivo, fiz figas e fiquei de olho no movimento, afinal de contas isso seria interessante. Mas fui arrancado dos meus devaneios por um “cara” com camiseta que não cobria o umbigo, enfiando a mão pelo vidro entreaberto do carro e passando a mão no meu peito. Isso foi muito gay.

É melhor que fique claro agora, eu sou uma pessoa muito compreensiva e não tenho nada contra o homossexualismo, desde que ele seja o homossexualismo feminino. Convenhamos que dois homens se agarrando é uma coisa extremamente nojenta. Parece um programa da National Geographics, sobre a difícil vida dos ursos em tempo de escassez de pesca, quando a câmera foca dois seres peludos e assustadores se agarrando e mordendo para tentar ficar com um peixe. Coisa feia.

Conseguimos pegar o sentido contrario da Rua Augusta e passamos por um Golf que estava totalmente destruído, com policiais em volta dele. O carro era zerinho e estava acabado. Acho que os ocupantes devem ter sido estúpidos o suficiente para entrar em conflito com os meninos da parada. Fazer isso deve ter sido como fechar um motoboy em plena hora do rush na 9 de julho, e descer batendo na nuca do cara e xingando a mãe dele. Os caras devem ter apanhado muito. Tudo para confirmar a frase que marcou a XII parada gay: A Homofobia mata.

Se mata eu não sei, mas que faz neguinho apanhar de chinelada, isso é certeza.