terça-feira, 21 de agosto de 2007

Um dia difícil...


Esse artigo é um pouco despropositado, mas eu achei que seria bom contar a experiência. Alguém que estiver se sentindo meio azarado, pode ficar menos triste, sabendo que alguma coisa assim pode acontecer com mais alguém. Além dele mesmo, é claro.


A segunda dia 13, começou até que tranqüila. Foi preciso faltar a um de meus compromissos como professor, mas por uma boa causa. Depois de um final de semana no hospital, cheguei em casa por volta das onze horas da manhã. Tomei um banho, me troquei, almocei e peguei o carro. Como é de praxe, peguei a Anhanguera livre, sentido Lapa, e o carro atingiu por volta de 120km/h. É. O gurgel. Acredita? Cheguei à escola e tive as aulas normais durante a tarde. Até ai nada demais. O único contratempo foi que eu esqueci a carteira em casa, mas não voltaria de jeito nenhum para pegar.


Os problemas de verdade começaram ao sair da escola. Estava me dirigindo ao Módulo, onde deveria aplicar trabalhos importantes para as turmas do noturno, antes das provas de encerramento de trimestre (sim, ainda não encerraram o trimestre), quando percebi que a Brigadeiro Gavião estava muito lotada e resolvi desviar pela rua Cuevas. Ao chegar quase no cruzamento com a Rua Mercedes o carro de repente e não mais que de repente, virou para a direita em direção à calçada, arrancando o volante de minhas mãos. Apesar de pisar no freio com muita força, ele não funcionou e o carro continuou andando até bater de encontro à calçada. Só parou na guia. Detalhe. Eu estava a 20 km/h.


Desci do carro e fui ver o que tinha causado aquilo. Quebrou o pivô que segura a roda, fazendo com que ela ficasse deitada, parecendo o DeLorean de “De volta para o futuro”, só que na forma de Gurgel. Isso tem bem menos charme. Fiquei pálido. Não sabia que isso poderia ocorrer. Fiquei imaginando o que aconteceria se eu estivesse na Anhanguera. Esse blog só seria alimentado de novo por alguém que psicografasse minhas mensagens.


Sentei na calçada e tentei lembrar se eu conhecia alguém com serviço de guincho e lembrei de um amigo meu. Peguei o meu celular e liguei para ele. No meio da conversa a ligação cai. Acabaram-se os meus créditos. Precisava recarregar o celular urgente para continuar a conversa e retirar o carro que estava atravessado na frente do escritório da CET. Corri até a banca e pedi o cartão de recarga. Quando fui pagar, lembrei algo em relação a minha carteira. Ela havia ficado em cima da mesa, no meu quarto. Contive um acesso de ira. E fui, mais ou menos, bem sucedido.


O meu auto-controle foi testado ao extremo, quando um transeunte, saído do escritório em frente, perguntou o que havia acontecido. Contei resumidamente e ela apenas virou as costas e continuou andando. Simplesmente, assim. Ainda bem que não ando armado. Alguém se lembra o que aconteceu, quando Michael Douglas, conseguiu uma arma? O sujeito me fez chegar perto do meu dia de fúria.


Voltei ao carro e o meu amigo do guincho ligou de volta. Alma bondosa. Disse que se eu pudesse esperar, em torno de uma hora, uma hora e meia, ele iria buscar o carro. Disse que esperaria claro. No mesmo lugar. Nem um centimetro deslocado.


Liguei o pisca alerta e abri o porta malas, a fim de pegar o triangulo para sinalizar que o meu carro estava quebrado. Achei o triangulo. Pelo menos o que sobrou dele. Em algum momento do passado o mini-macaco hidráulico que eu guardo no mesmo lugar caiu por cima dele e o transformou em um monte de pedaços reflexivos. Peguei os restos mortais dele e fui para a traseira, tentar deixá-lo montado, para que ninguém reclamasse. Afinal, eu estava na frente do escritório da CET. Foi nesse momento em que eu percebi, que a seta traseira do lado do motorista estava queimada. Olhei para cima e pensei no quão curioso é o senso de humor de Deus. Bem aqui. Corri para dentro e desliguei a seta.


Meu pai se ofereceu para ir até lá me ajudar, mas eu disse que não precisava, afinal não haveria muito que fazer, mas ele apareceu, para “fazer companhia”, como ele mesmo disse. E trazendo a minha carteira. Peguei-a e corri de novo até a banca de jornal, para colocar créditos no meu celular. Ela estava fechada.


Voltei e, já que não dava pra fazer nada em relação ao carro, ficamos conversando. Depois de quarenta minutos mais ou menos, o guincho com meu amigo chegou. Levantamos a frente com o meu macaco e pela traseira colocamos o Gurgel no guincho. Meu pai acompanhou o carro, enquanto eu corri para o colégio de onde do momento da quebra, até quando eu cheguei, me ligavam a cada 20 minutos, aproximadamente. Quando já no colégio, fui informado que a turma havia sido liberada dois minutos antes de eu colocar os pés no prédio. Realmente o senso de humor Dele é bem esquisito.


O pior disso tudo, é que mesmo com a perda de mais de R$300,00, eu afinal, não posso ficar reclamando. Para todos que eu conto o que aconteceu, falam “Imagina se você estivesse voltando para casa ao invés de ir para o Módulo.”


E quer saber?


Isso teria sido muito mais complicado. É estranho quando nos consolamos com algo ruim, comparando com o que poderia ter sido muito pior.


Eu posso me considerar uma pessoa azarada? Acho que não.


Sortudo? Não. Sem exageros.

2 comentários:

Gleyciely MoraEs disse...

Que dia heim Professor?

Azarado vc nao é, só anda sem sorte.... rsrsrsrsrs

estava com saudades dos seus texto, esses assim de"humor"

kkkkkkkkkkkkkkkkkk

Dejeve Cetier disse...

ehUIEAHUIAHIEHEAUIheaUIhuieahuea
dá-lhe Gurgel, quando eu vi vc falando que deu 120km/h [deve ter quebrado o velocímetro] eu sabia q o gurgelzin ia se vingar xD

vai ver eh praga dos alunos o/