quarta-feira, 12 de março de 2008

Admirável mundo novo...

Minha irmã casou-se.

Não me olhe desse jeito, é claro que eu a avisei. Que tipo de irmão você acha que eu sou?

Disse tudo o que penso a respeito do casamento e, quem me conhece sabe que minha visão sobre esse tipo de sociedade, não é das mais favoráveis. Ainda essa semana estava conversando com um conhecido, falando sobre a trilha que eu fiz, e ele me contou que também fazia trilhas com moto, e que era viciante e coisa e tal. Obviamente perguntei por que parou e ele, sábio, lançou essa pérola: ”Quando casamos, viramos crianças novamente. Quando você vai a algum lugar, tem que dizer onde vai, com quem vai e que horas volta. E não conseguimos fazer mais nada sozinhos.”. Brilhante.

Eu sou separado. Meu casamento não sobreviveu à confusão de sentimentos e opiniões diversas do casal. Até aí tudo bem. O problema é que eu sou o único da pequena família a ter me separado. Quando minha mãe foi chamada a “dizer algumas palavras para os noivos”, ela olhou pra mim de relance e mandou, entre lagrimas: “Façam durar”. Ui. Essa doeu.

Já na grande família, nós, os divorciados, somos um seleto grupo de três pessoas. Meu padrinho, minha madrinha e eu. Está vendo? Não foi culpa minha. Eu fui mal influenciado pelos irmãos mais velhos da minha mãe e do meu pai respectivamente.

O casamento é uma coisa confusa, porque você tem que aprender a amar e odiar a pessoa, vivendo todos os dias com ela, na mesma casa, dormindo na mesma cama. Mas não é, realmente, algo ruim. De coração. Se você ignorar a falta de sexo, o crescimento desenfreado e continuo das barrigas, de ambas as partes e, uma vez por mês a TPM de sua esposa, o que sobra é até que bem legal.

O problema de verdade é quando o relacionamento termina, porque você se acostuma àquela rotina e quando cada um vai para o seu lado, você se sente mal. Ainda mais pessoas como eu, que não gostam de mudança. Você sofre, com certeza, mas depois de um tempo, percebe que não era por amor.

Desculpem-me os românticos de plantão, mas amor, como tudo na vida, tem prazo de validade. E é a primeira coisa que o casamento estraga. Você pode ter amizade e carinho, mas amor mesmo é algo que se consome. E os casais acabam por se separar. E é para essas pessoas que a partir de hoje eu começo a escrever artigos, que podem funcionar como um pequeno manual de sobrevivência para os recém-novamente-solteiros, que faço a partir das minhas experiências, e com as experiências de amigos e amigas, que também se separaram, e se viram diante de um mundo completamente diferente daquele que deixaram, quando embarcaram no golpe da vida a dois.

As regras mudaram, as pessoas mudaram e os relacionamentos mudaram também. O que valia antes, agora é falta de educação e o que você jamais faria, virou comportamento apreciado.

Bem vindo ao mundo novo.

5 comentários:

Das Schweigen disse...

E que seja eterno enquanto dure, ehhhhhhhh

Gleyciely MoraEs disse...

Nossa adorei os ultimos paragrafos..... vc fala com muita saberodia.

Muito bom professor.

Anônimo disse...

O amor é paciênte, o amor é bondoso, tudo suporta e tudo crê, o amor é infinito, pq Deus é amor.

se acabou, sinto, naum era amor!

Prós disse...

Um visão muito bonita, pra quem com certeza tem menos de trinta anos de idade.
Torço para que continue assim.

Will_free_mind disse...

meu professor na faculdade, dizia uma frase uqe acredito que você vai incorporar à sua lista de pérolas úteis:
"O CASAMENTO É UMA BALDE DE MERDA COBERTO COM CHANTILLY, NOS PRIMEIROS ANOS VOCÊ COME O CHANTILLY, ATÉ QUE ELE ACABA E ENTÃO VOCÊ COME A MERDA". hahahahaha, era tão engraçado que só de lembrar da vontade de rir.